Por serem responsáveis pela gestação, as dificuldades de gerar filhos de um casal geralmente são associadas a alguma condição da mulher. No entanto, a infertilidade masculina é tão frequente quanto a feminina, sendo essencial investigá-la. Para isso, um exame é muito importante: o espermograma. Ele avalia a qualidade do sêmen e dos espermatozoides contidos nele.
Uma investigação precoce é muito importante no acompanhamento da saúde reprodutiva. Com isso, pode-se evitar a frustração de tentativas malsucedidas. Assim, é preciso quebrar o tabu social de que a infertilidade do homem é sinônimo de falta de virilidade.
Afinal, lesões e doenças podem ocorrer em ambos os sexos e ficarem ocultas por muito tempo. Por sua vez, o espermograma é um exame não invasivo muito simples e eficiente.
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O objetivo do espermograma é avaliar as características do sêmen ejaculado pelo homem. A coleta é feita por masturbação,após ter ficado 48 horas sem ejacular.
A partir disso, é feita uma análise laboratorial completa, que envolve a avaliação das características:
O exame está indicado na investigação quando:
A partir dele, podemos começar a pensar nas prováveis causas de infertilidade masculina:
Assim, o(a) médico(a) poderá ter mais segurança para requisitar outros exames mais complexos ou invasivos, como a biópsia testicular. Nela, são retirados fragmentos para análise microscópica.
Doenças da próstata podem se manifestar pelas alterações nas características do sêmen. Algumas doenças dessa glândula são:
A azoospermia é a ausência total de espermatozoides no sêmen, podendo ser causada por:
A oligospermia é uma redução expressiva da quantidade de espermatozoides em cada mililitro de sêmen. Pode acontecer pelas mesmas razões. Em ambos os casos, a causa mais comum é a varicocele.
São causadas por infecções, alterações vasculares, tumores, condições genéticas ou congênitas que atingem o testículo ou o epidídimo.
O espermograma não é o único exame importante para a avaliação da fertilidade masculina. Ele serve como uma triagem inicial, podendo ser complementado pelo exame de fragmentação do DNA espermático, por biópsias, dosagem de hormônios e avaliação laboratorial da saúde geral.
O tratamento da infertilidade na reprodução assistida é sempre individualizado de acordo com a avaliação da saúde sistêmica e reprodutiva do casal. Então, o espermograma é sempre necessário, mesmo quando a mulher tenha uma causa de infertilidade conhecida.
Afinal, a infertilidade de um casal geralmente é multifatorial, ou seja, causada por uma série de fatores associados. Então, quanto mais pudermos identificar e intervir em processos que comprometem a fertilidade do casal, maiores são as chances de sucesso. Todo o plano terapêutico poderá ser desenhado para uma maior efetividade.
Por exemplo, as situações em que não há infertilidade absoluta do homem ou da mulher. Ambos podem ter tido filhos anteriormente, mas são subférteis. Em outras palavras, os dois parceiros apresentam uma capacidade reduzida de fertilidade, que, associadas, provocam uma situação de infertilidade do casal.
Isso também evita situações relativamente frequentes em que somente um dos membros do casal é tratado, enquanto o outro apresenta infertilidade oculta. O processo de reprodução assistida pode aflorar muitas emoções no casal, pois há muitas expectativas e objetivos de vida envolvidos.
Assim, as frustrações com o insucesso podem prejudicar a dinâmica do relacionamento e provocar consequências negativas. Por esse motivo, o espermograma é um exame fundamental e deve ser sempre valorizado.
Quer saber mais sobre o espermograma e seu papel na investigação da infertilidade? Não perca nosso artigo sobre esse tema!
Postado por fiv em 22/jul/2021 - Sem Comentários