Os pólipos endometriais podem apresentar um amplo espectro de manifestações clínicas, não havendo nenhum sintoma específico que permita excluí-los ou diagnosticá-los. Em geral, eles estão associados a quadros desangramento uterino anormal, sendo frequentemente encontrados em mulheres com essa queixa.
Além disso, muitas lesões são assintomáticas, ou seja, a mulher não expressa nenhum sintoma. Mesmo assim, a infertilidade pode estar presente como um “sintoma oculto”.Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe nosso post!
Veja algumas manifestações clínicas dos pólipos uterinos.
Uma parcela significativa das mulheres com pólipos uterinos não manifesta nenhum sintoma. As lesões podem estar presentes por vários anos sem que ela tenha notado nenhuma alteração nas suas funções orgânicas. Eventualmente, pode ter tido episódios esporádicos de aumento do fluxo menstrual ou de sangramento de escape, mas que não se repetiram a ponto de levantar alguma preocupação.
Nesses casos, é comum que elas descubram a existência dos pólipos em algumas das seguintes situações:
Além disso, os sintomas são subjetivos, isto é, dependem da percepção de cada paciente. Então, algumas podem considerar alguma dor ou sangramento normal, enquanto outrasficam muito preocupadas com alterações mais leves.
Por esse motivo, a avaliação médica periódica é tão importante, pois, além de explorar suas queixas, o médico fará perguntas para avaliar a saúde como um todo, de uma forma mais objetiva.
A infertilidade pode ser vista como um “sintoma oculto” dos pólipos uterinos, que reduzem a fertilidade por mecanismos como:
Modificação das características bioquímicas das secreções produzidas pelo endométrio, que podem se tornar tóxicas para os gametas e para o embrião.
Ao lado da endometriose e dos miomas submucosos, os pólipos fazem parte dos grupos de condições ginecológicas muito prevalentes, que comprometem a fertilidade da mulher e estão relacionadas com o estrogênio. Não é incomum também que elas estejam presentes em comorbidade na mesma paciente.
Esse é o sintoma mais comum nas mulheres com pólipos uterinos. Por esse motivo, na nova classificação proposta para o sangramentouterino anormal, a PALM-COEIN, ele é abreviado logo na primeira letra da sigla, visto que é a causa de SUA mais prevalente. Nela, o sangramento relacionado aos pólipos éclassificado como SUA-P.
As características do SUA-P podem ser:
As mulheres com SUA (principalmente após a menopausa) necessitam de avaliação médica e podem precisar de investigação complementar, com biópsia, por exemplo, para excluir doenças mais graves.
Veja um resumo de algumas outras informações.
Causas e consequências da doença
Apesar de os mecanismos de surgimento dos pólipos não estarem totalmente elucidados, sabemos que eles são estrogênio-dependentes. Possivelmente, a exposição prolongada ao hormônio aumenta as chances de ocorrência de mutações que provocam o crescimento anormal das células endometriais.
As mulheres com anemia devem ser investigadas quanto à presença de pólipos ou miomas. Além disso, possivelmente o médico também buscará avaliar a existência de sangramentos intestinais durante esse checkup.
Alguns fatores de risco conhecidos da doença são:
Além disso, os estudos vêm investigando também a presença de fatores de risco associados a uma maior exposição ao estrogênio natural e à menor exposição à progesterona (que contrabalanceia a ação dos estrogênios nas células).
O diagnóstico é feito com a ultrassonografia transvaginal ou outro exame de imagem sensível para as afecções do endométrio. Em mulheres jovens, o tratamento pode ser expectante com o acompanhamento das lesões com ultrassonografias periódicas.
Diante da queixa de infertilidade, a polipectomia (retirada dos pólipos) pode melhorar o prognóstico da fertilidade. No peri e no pós-menopausa, a retirada para biópsia é importante para diferenciar pólipos benignos de malignos.
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Postado por fiv em 25/out/2021 - Sem Comentários