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Investigação da infertilidade feminina: veja como é feita

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A infertilidade conjugal pode ser atribuída a qualquer casal que encontra dificuldades para engravidar no período de pelo menos 1 ano. Entretanto, a confirmação diagnóstica deve serrealizada com o auxílio de exames laboratoriais e de imagem, que fornecem dados mais exatos.

O processo de investigação para as causas da infertilidade conjugal varia de acordo com cada caso: pode ser simples e rápido, ou mais complexo e demorado, dependendo das características do casal.

A infertilidade feminina, entretanto, é mais complexa do que a masculina, já que não somente a capacidade de realizar a fecundação pode estar prejudicada, mas também a condução da gestação até o parto.

Acompanhe a leitura do texto a seguir e entenda melhor como a infertilidade feminina é investigada e quais tratamentos podem ajudar a mulher a ter filhos.

O que pode causar a infertilidade feminina?

Além de distúrbios de ovulação, as dificuldades reprodutivas também podem ser resultado de anormalidades uterinas, como problemas na implantação do embrião e no desenvolvimento da gestação.

Entre as principais causas de infertilidade feminina estão:

Idade;
Adenomiose;
Miomas uterinos;
Pólipos endometriais;
Trombofilia;
Alterações na anatomia uterina (congênitas, como o útero septado ou adquiridas);
ISTs (infecções sexualmente transmissíveis);
DIP (doença inflamatória pélvica);
Lesões decorrentes de tratamentos malsucedidos;
Doenças genéticas e autoimunes;
Laqueadura.

Em alguns casos, os sintomas dessas doenças são evidentes e o processo de investigação pode ser relativamente simples. Contudo, além dos casos assintomáticos, algumas doenças compartilham os mesmos sintomas e necessitam de exames mais específicos para a confirmação diagnóstica, o que torna o processo mais complexo.

Como é feita a investigação da infertilidade feminina?

É importante lembrar que quando um casal busca atendimento médico com o objetivo de identificar os motivos pelos quais está encontrando dificuldade para engravidar, é necessário realizar exames no homem e na mulher, já que a infertilidade conjugal pode ser motivada por fatores masculinos oufemininos.

A investigação é iniciada na primeira consulta,quando são analisados o histórico clínico e familiar, possíveis sintomas e é realizado o exame físico.

Em alguns casos é possível realizar a ultrassonografia transvaginal nesse momento, exame que fornece dados mais precisos sobre as condições do aparelho reprodutivo feminino.

Exames iniciais

A confirmação diagnóstica normalmente é feita porexames laboratoriais e de imagem, que confirmam, ou não, as hipóteses iniciais.

Os principais exames solicitados inicialmente para a investigação das causas de infertilidade feminina são:

Avaliação da reserva ovariana (por meio de exames de sangue);
Histerossalpingografia;
Hemograma;
Testes para ISTs;
Dosagens hormonais;
Ultrassonografia pélvica (transvaginal e suprapúbica);

O objetivo desses exames é identificar possíveisalterações nas tubas uterinas, na quantidade de folículos presentes nos ovários, na produção de hormônios reprodutivos, a presença de inflamações, geralmente provocadas por infecções sexualmente transmissíveis, indicando o tipo de bactéria, de cistos ovarianos, massas celulares como miomas uterinos e pólipos endometriais.

Exames específicos

Embora os exames iniciais possam confirmar a maioria das hipóteses diagnósticas, em alguns casos são necessários outros mais específicos.

Se houver suspeita de endometriose, por exemplo, é realizada a ultrassonografia especializada ou a ressonância magnética nuclear, que indica os diferentes tipos da doença, em estágios iniciais ou avançados.

Quais são os tratamentos para infertilidade feminina?

Nos casos de infecções, o tratamento é feito com antibióticos, que são selecionados caso a caso. Na SOP, mudanças do estilo de vida, como alimentação saudável, manter peso corporal adequado e praticar exercícios físicos, são fundamentais para a melhora do potencial reprodutivo. Em alguns casos, pode ser necessário uso de medicamentos para ovulação, sempre com acompanhamento profissional.

Algumas pacientes com miomas uterinos, pólipos endometriais e endometriose podem precisar de cirurgia, mas o quadro clínico como um todo deve ser levado em consideração antes do procedimento, uma vez que cirurgias envolvendo as tubas uterinas e os ovários podem ter consequências potencialmente graves à fertilidade.

Quando os tratamentos iniciais não conseguem reverter a infertilidade, a reprodução assistida geralmente é indicada.

Reprodução assistida

Todas as técnicas de reprodução assistida – RSP (relação sexual programada), IA (inseminação artificial) e FIV (fertilização in vitro) – podem ser indicadas para o tratamento da infertilidade feminina, dependendo dos motivos pelos quais a mulher desenvolveu essa condição.

A RSP e a IA são técnicas de baixa complexidade e,por isso, indicadas somente nos casos leves de SOP e endometriose ovariana, para mulheres com as tubas uterinas saudáveis.

Já a FIV, por ser mais complexa e abrangente, proporciona o tratamento de praticamente todas as formas de infertilidade feminina, inclusive das mulheres que não podem mais contar com seus próprios gametas e aquelas que passaram pela histerectomia, por possibilitar a fecundação por ovodoação e a gestação pela cessão temporária de útero.

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Postado por fiv em 11/out/2021 - Sem Comentários

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