Os miomas são tumores benignos que atingem a parede de músculo do útero, chamada tecnicamente de miométrio. Eles acontecem quando algumas de suas células começam a se multiplicar com maior rapidez.
Seus sintomas mais comuns são: sangramentos menstruais mais intensos, períodos menstruais mais longos, dor pélvica e/ou cólicas mais intensas. Quando crescem rumo a bexiga ou ao intestino, podem provocar incontinência urinária ou prisão de ventre, respectivamente.
No entanto, uma boa parcela dos casos é assintomática ou apresenta um sintoma que pode demorar a ser percebido, a infertilidade. Nesse sentido, é importante saber a classificação mais comum dos miomas: o submucoso, o intramural e o seroso.
Apenas o primeiro está frequentemente associado à dificuldade de engravidar. Essa complicação é mais rara nos outros dois e depende principalmente de eles distorcerem a forma da cavidade uterina devido ao volume, à quantidade e/ou à proximidade.
Quer entender melhor? Acompanhe o nosso post
Os miomas podem ser classificados em:
O tipo de mioma apresenta uma estreita relação com alguns sintomas e complicações que podem apresentar.
Como dissemos, é muito comum que os miomas sejam completamente assintomáticos. Você apenas descobre que está com eles quando faz uma ultrassonografia ginecológica de rotina ou para investigar outra doença. No entanto, quando se manifestam, os sintomas mais comuns são:
Ele é mais comum nos miomas submucosos e intramurais que distorcem a cavidade uterina. Por ação direta ou indireta, eles acabam irritando o endométrio, provocando a descamação ou o rompimento dos vasos. Isso leva a pequenos volumes de sangramento fora do período menstrual.
As alterações podem envolver:
No entanto, uma situação muito diferente pode ocorrer nos miomas pediculados que se inserem no canal do colo uterino. Com isso, tornam-se um tampão impedindo que o conteúdo menstrual seja liberado, provocando ausência de fluxo (amenorreia) ou sua redução (oligomenorreia).
As formas crônicas (por períodos maiores do que seis meses) de dor são as mais comuns nos miomas. A intensidade e a frequência das dores geralmente dependem da pressão que as lesões fazem sobre os outros órgãos e da distorção da cavidade uterina.
Por isso, a dor é mais frequente quando há miomas múltiplos e/ou volumosos, uma situação que é mais frequente na população negra.
O crescimento dos miomas pode fazer com que ele pressione outros órgãos da pelve, em especial:
• O intestino e o reto: ao pressionar a parede externa desses órgãos, os miomas podem causar uma redução parcial do canal por onde passam as fezes. Isso se manifesta com a prisão de ventre ou dificuldade/dor na hora de evacuar, a constipação.
Os miomas podem alterar a dinâmica da fertilização e do implante de embriões ao provocar a compressão ou alteração de receptividade do endométrio. Para isso, precisam causar algum grau de distorção da cavidade pélvica, do endométrio ou da camada submucosa, como geralmente acontece em:
Além disso, o mioma é uma doença estrogênio-dependente. Assim, sua identificação pode apontar para outras doenças com essa característica e que são causas frequentes de infertilidade, como os pólipos uterinos e a endometriose.
Apenas pelos sintomas é muito difícil diferenciar os miomas de outras doenças. Afinal, as manifestações são muito comuns em outras condições gerais e ginecológicas, como a endometriose e os pólipos. Por esse motivo, o diagnóstico demanda que sejam realizados exames, sendo a ultrassonografia o método mais utilizado em um primeiro momento.
Na ginecologia, o ideal é que o acompanhamento da saúde feminina seja feito periodicamente com consultas de rotina. Ou seja, ele ocorre independentemente dos sintomas. Lá, o médico fará perguntas direcionadas sobre possíveis sintomas mais comuns na mulher. Assim, você poderá conversar sobre eles e investigá-los.
No entanto, algumas situações podem demandar uma consulta fora da rotina, como:
O diagnóstico dos miomas é feito por ultrassonografia pélvica. No entanto, a ressonância magnética também pode ser indicada, pois melhora a capacidade de identificar outras condições que podem estar associadas à doença.
O tratamento é individualizado com base nos sintomas ou nos riscos de complicação, podendo ser expectante, medicamentoso ou cirúrgico.
A reprodução assistida está indicada nas queixas de infertilidade quando as lesões nos exames encontradas puderem efetivamente estar associadas a esse sintoma. Em todo caso, a decisão é sempre compartilhada com você.
Quer saber mais sobre os miomas e sua relação com a infertilidade feminina? Então, não perca este artigo sobre o tema!
Postado por fiv em 19/jul/2021 - Sem Comentários